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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Senado Federal, dezembro de 1914.

Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o "eu" feliz a qualquer custo,
buscando a tal "felicidade"
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre "contestar",
voltar atrás
e mudar o futuro.

Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...

Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.

Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar  meu corpo
  na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro!

DISCURSO DE RUI BARBOSA, NO SENADO FEDERAL EM 14 DE DEZEMBRO DE 1914.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Fidel Castro, O Ditador das Américas.




A foto foi postada á direita, de  propósito 
O ditador Saddam Hussein melhorou a educação e a saúde no Iraque. Em 1982, a UNESCO concedeu ao Iraque um prêmio por implementar uma política de educação para tentar erradicar o analfabetismo do país. O número de pessoas alfabetizadas cresceu de 52% para 80% entre 1977 e 87. O líder iraquiano também aumentou em cerca de 30% o número de estudantes na área primária. Construiu e ampliou universidades públicas. O total de universitários entre 1968 e 1980 dobrou.

Uma das suas prioridades foi a inclusão de mulheres na educação e também aumentar o direito delas na sociedade iraquiana. Em 1991, conseguiu elevar o número de mulheres para 30% no corpo docente das universidades – pode parecer baixo para padrões ocidentais, mas é gigantesco para o mundo árabe.

Até 1990, 97% da população urbana e 71% da população rural tinha acesso à saúde universal e gratuita na ditadura de Saddam Hussein. O ditador iraquiano investiu pesadamente em faculdades de medicina sofisticadas, como a de Mosul, uma das melhores do Oriente Médio na época, e em hospitais públicos. 

A mortalidade infantil despencou de 80 por mil habitantes para 40 por mil de 1974 a 1989 com o programa de saúde pública de Saddam. O líder iraquiano também fez enormes investimentos em infraestrutura, inclusive contratando empreiteiras brasileiras ao longo dos anos 1970 e 80. Para completar, Saddam protegia algumas minorias religiosas, como os cristãos, enquanto perseguia outras.

Saddam atingiu todos estes objetivos apesar de uma sangrenta guerra contra o Irã nos anos 1980, que deixou 1 milhão de mortos. O cenário para o ditador iraquiano começou a piorar a partir da sua frustrada invasão do Kuwait e consequente Guerra do Golfo em 1991. Seu regime foi alvo de sanções internacionais e de um embargo americano. Todos os seus avanços na saúde e educação foram perdidos nos anos seguintes. Em 2003, Saddam foi deposto em invasão americana.

O curioso é que, mesmo nos anos 1980, quando Saddam produzia ótimos resultados na saúde e na educação, ele não era idolatrado por ninguém. Sempre foi visto, corretamente, como um ditador sanguinário que perseguia opositores, censurava a imprensa e eliminava totalmente as liberdades democráticas.

Alguns argumentarão que Saddam usou armas químicas contra curdos. Verdade. Estas ações se intensificaram no fim nos anos 1980 e são condenadas internacionalmente.

Enfim, Saddam sempre foi tratado como ditador independentemente de suas conquistas na área da saúde e da educação e pela redução na desigualdade social e de ter sido alvo de sanções internacionais (no caso, do mundo todo, não apenas um embargo dos EUA). Por este motivo, Fidel Castro, que assumiu o poder em uma Cuba que tinha a terceira renda per capita da América Latina, atrás da Argentina e da Venezuela, também deve ser chamado de ditador apesar de seus avanços na área da saúde e da educação. Ditador é ditador. 

Sem dúvida Saddam foi mais sanguinário, mas Fidel também foi sanguinário – e convenhamos que o contexto de uma ilha sem divisões sectárias é mais simples do que uma nação no coração do Oriente Médio.

E podem me dizer - "O Saddam tinha apoio dos EUA nos anos 1980". Verdade. E Cuba tinha da União Soviética. E, convenhamos, os EUA fizeram duas guerras contra Saddam. Fidel, no máximo, foi alvo de uma invasão mal organizada na baía dos Porcos.

E olhem que nem vou entrar na questão de Bashar al Assad, que também garantiu educação e saúde gratuita não apenas para os sírios, como também para refugiados palestinos e iraquianos. Claro, assim como Fidel e Saddam também é sanguinário – embora fosse menos do que os dois antes da Guerra da Síria, em 2011. E, claro, é ditador.

Por GUGA CHACRA, ao Estadão.  

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Projeto pretende "qualificar" vereadores e prefeitos eleitos

Hoje, , o Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC), juntamente com instituições parceiras, lançará o Projeto Qualifica – Mandato de Excelência, no Plenário da ALESC, às 15h. Durante o evento, ocorrerá a assinatura do termo de convênio pelo presidente do TRE-SC, desembargador Cesar Ruiz Abreu, e pelos demais representantes das instituições. 

O Projeto Qualifica está sendo desenvolvido em parceria com a Ordem de Advogados do Brasil, o Governo do Estado, a Escola do Legislativo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Ministério Público de Santa Catarina, o Tribunal de Contas do Estado, a Universidade do Estado de Santa Catarina, a Universidade Corporativa do Banco do Brasil, a União dos Vereadores de Santa Catarina, a Federação Catarinense de Municípios e a Escola Nacional de Administração.

O Projeto Qualifica é a segunda fase do Programa de Qualificação de Candidatos e Eleitos, que constitui uma série de ações desenvolvidas no período pós-eleitoral, com o intuito de promover ações de qualificação dos agentes públicos eleitos a partir do último pleito. Além disso, o projeto visa aprimorar a gestão municipal, prevenir as irregularidades e desenvolver uma visão ampla e integrada da administração, favorecendo a reflexão e o debate sobre ética pública, transparência, eficiência e responsabilidade dos gestores e legisladores municipais.

A primeiro eixo do projeto consiste em qualificar os agentes políticos, por meio de cursos, palestras e seminários sobre gestão pública. Já o eixo Boas Práticas objetiva identificar bons referenciais, a serem disseminados e compartilhados pelas prefeituras e câmara dos vereadores. O último eixo denominado Excelência na Gestão Pública pretende implantar ações focadas na melhoria da qualidade da gestão municipal e dos serviços públicos, visando o desenvolvimento e a consolidação de modelo de referência em gestão pública de excelência.

A elaboração do projeto está sob a coordenação do diretor-geral do TRE-SC, Sérgio Manoel Martins, com o apoio da Escola Judiciária Eleitoral de Santa Catarina (EJESC). A execução do projeto será coordenada por Grupo Gestor composto por um representante de cada instituição parceira.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Banco do Brasil anuncia reorganização

Banco vai redimensionar sua estrutura e oferecer plano de incentivo à aposentadoria para público potencial de até 18 mil pessoas.

O Banco do Brasil anunciou neste domingo, 20, conjunto de medidas para ampliar o investimento no atendimento digital e aumentar a eficiência operacional. O BB vai rever e redimensionar a estrutura da organização em todos os níveis: estratégico (direção geral), tático (superintendências nos estados), de apoio (órgãos regionais) e de negócios (agências).

A rede de atendimento passará por mudanças para se adequar ao novo perfil e comportamento dos clientes, com otimização de estruturas e ampliação de serviços digitais. 

Apenas com a reorganização de suas unidades, o BB estima redução anual de R$ 750 milhões em despesas, valor que poderá aumentar significativamente a partir da adesão de funcionários ao Plano Extraordinário de Incentivo a Aposentadoria, que o Banco também anuncia hoje.

REVISÃO DA ESTRUTURA

As medidas preservam a presença do BB nos municípios em que já atua e vão resultar no encerramento de 31 superintendências regionais, 402 agências e na transformação de outras 379 em postos de atendimento bancário. Em outubro, o BB já havia iniciado o encerramento de outras 51 agências.

A estratégia de ampliação do atendimento por canais digitais prevê a abertura, ainda em 2017, de mais 255 unidades de atendimento digital, entre escritórios e agências digitais, que irão se somar às 245 já existentes. Essas unidades digitais já atendem a 1,3 milhão de clientes, com expectativa de chegar a 4 milhões até o final de 2017. 

Na comparação com o modelo tradicional, os clientes do atendimento digital mostram-se mais satisfeitos e consomem até 40% mais produtos e serviços bancários. O novo modelo também é mais eficiente. Um gerente de contas consegue gerenciar um número 35% maior de carteiras de clientes, se comparado ao atendimento nas agências físicas.

No BB, as transações bancárias realizadas em canais de atendimento físicos estão em forte redução. O aplicativo do Banco para celular já conta com 9,4 milhões de clientes que realizam cerca de 1 bilhão de transações bancárias por mês, ou 40% do total. Outros 27% são realizadas pela internet. A expectativa do BB é que o número de clientes que utilizam o aplicativo para celular chegue a15 milhões até dezembro do próximo ano.
Na semana passada, o Banco do Brasil lançou a sua conta totalmente digital, o BB Conta Fácil, com previsão de abertura de 1,8 milhão de contas em 2017.

Além da ampliação do atendimento digital, a revisão das agências do BB considerou também a localização de unidades próximas entre si, incluindo dependências originadas dos antigos bancos Besc e Nossa Caixa, que foram incorporados pelo BB.

O Banco do Brasil também irá promover ajustes em órgãos regionais de apoio aos negócios que terão atividades centralizadas nacionalmente ou em outros estados, com ganho de eficiência.

Na Direção Geral, o Banco do Brasil irá encerrar 3 unidades estratégicas, com as transferências de suas funções para outras diretorias do Banco. 

PLANO DE INCENTIVO À APOSENTADORIA 

A revisão da estrutura do BB levará à redução de 9.300 vagas no quadro de pessoal. Para a adequação, o BB lançará Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada para público potencial de até18 mil pessoas que já reúnem condições para se aposentar, com adesão totalmente voluntária. 

Será concedido incentivo de desligamento correspondente ao valor de doze salários, além de indenização pelo tempo de serviço, que varia de 1 a 3 salários, a depender do tempo de Banco (entre 15 e 30 anos completos).

JORNADA DE SEIS HORAS

Outra medida refere-se à ampliação do público potencial para adesão à jornada opcional de trabalho de 6 horas diárias. A partir de hoje, cerca de 6 mil assessores da Direção Geral e superintendências também poderão aderir voluntariamente à nova jornada. 

A adesão resultará na redução de 16,25% do valor de referência da função, enquanto a jornada será reduzida em 25%. Se considerado o valor da hora trabalhada, haverá aumento de 12% para os funcionários que aderirem à nova jornada.

A jornada de seis horas já foi anteriormente oferecida a funcionários que ocupam cargos comissionados não gerenciais na rede de agências e em órgãos regionais, com 71% de adesão.

COMUNICAÇÃO AOS CLIENTES

O encerramento das agências e a implantação das demais medidas ocorrerá ao longo de 2017 e será precedido por ampla comunicação aos clientes em canais diversificados, como o hotsite www.bb.com.br/novoatendimento, SMS, aplicativo para celular, terminais de autoatendimento, além de correspondências e cartazes nas agências.

O Banco também divulgou telefones exclusivos para atendimento aos clientes sobre mudanças de agência: 0800 729 5282 para pessoas físicas e 0800 729 5281 para empresas. A Central funciona de segunda a sexta-feira, de 8h às 22h.

A mudança de agência é automática. Os clientes não precisam fazer qualquer procedimento adicional e podem manter seus cartões e senhas para transações na nova agência, mesmo que haja alteração no número da conta.

Além dos pontos físicos, o BB oferece a maioria das transações pelo aplicativo para celular e Internet - canais que mais crescem hoje na preferência dos clientes.

REVISÃO DE PROCESSOS

O BB também identificou frentes de atuação para simplificar seus processos. A revisão garante maior celeridade no atendimento e conta com a mudança de demandas administrativas das agências para órgãos internos e uso da tecnologia para automatizar soluções e garantir maior comodidade e conveniência aos clientes.

NOVAS PRÁTICAS DE GESTÃO DE DESPESAS

O Banco iniciará processo de renegociação de valores atualmente pagos para aluguel, manutenção das agências, segurança e transporte de valores. Apenas a revisão da estrutura administrativa anunciada hoje permitirá ao BB reduzir R$ 750 milhões em despesas por ano.

REORGANIZAÇÃO DO BB EM NÚMEROS

Rede de atendimento atual
5.430 agências
1.791 postos de atendimento. 
7.221 unidades de atendimento no total

Reorganização
402 agências serão encerradas
379 agências serão transformadas em postos de atendimento.
51 agências com encerramento já iniciado em outubro

Rede de atendimento após a reorganização
4.598 agências
2.170 postos de atendimento
6.768 unidades de atendimento no total

Outros canais de atendimento
8.557 correspondentes bancários na rede Mais BB
42.031 terminais de autoatendimento
19.456 terminais do Banco 24h

Funcionários
O BB possui 109.159 funcionários no País e 18.000 fazem parte do público potencial para adesão voluntária ao Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada.


REORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL EM SANTA CATARINA

O Banco do Brasil oferece 463 unidades de atendimento em Santa Catarina, sendo 337 agências e 126 postos de atendimento. 

Os clientes do Banco do Brasil também contam com 871 correspondentes bancários, 2076 caixas eletrônicos BB e 359 terminais da rede Banco 24h no estado. 

Com a reorganização, 37 agências serão encerradas e 45 agências serão transformadas em postos de atendimento. O BB permanecerá com uma das maiores redes de atendimento do Estado, com 255 agências e 171 postos de atendimento.

Rede de atendimento atual
337 agências
126 postos de atendimento. 
463 unidades de atendimento no total

Reorganização
37 agências serão encerradas
45 agências serão transformadas em postos de atendimento.

Rede de atendimento após a reorganização
255 agências
171 postos de atendimento
426 unidades de atendimento no total

O BB possui 4836 funcionários em Santa Catarina e 640 fazem parte do público potencial do Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada, que prevê adesão voluntária.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

O triunfo de Trump

A tal de mídia virou o saco de pancadas favorito de boa parte da própria mídia e de analistas de variadas tendências e competências depois da vitória de Donald Trump.Para não perder o costume, vou remar contra a maré: não vejo como culpar a mídia, pelo menos não pelos motivos que estão sendo esgrimidos.Há, sim, uma culpa: aceitar candidamente demais as pesquisas que davam a vitória a Hillary Clinton. Mas, mesmo nesse ponto, cabem três observações relevantes:

1 - A pesquisa sobre o voto popular acertou. Hillary ganhou a eleição popular.

2 - Jornais, de modo geral, não fazem pesquisas. Delegam-nas a institutos. No Brasil, a Folha, por exemplo, não faz pesquisa. O Datafolha as faz, mas, como é propriedade do Grupo Folha, quando erra, a Folha pode ser igualmente responsabilizada. Nos Estados Unidos, a responsabilidade dos jornais, repito, limita-se ao fato de ter aceitado candidamente as pesquisas, sem nem sequer prevenir que a grande maioria delas dava vantagem a um ou outro candidato dentro da margem de erro. A Folha não comete esse erro.

3 - Segundo Guga Chacra, o brilhante correspondente da GloboNews em Nova York, nos Estados que acabaram definindo a vitória de Trump no Colégio Eleitoral, ou não foram feitas pesquisas ou eram amadoras.

Não deveriam, portanto, merecer o crédito que lhes foi dado. Pesquisas à parte, é falsa a avaliação de que a mídia não captou o mal estar dos eleitores de Trump. Cansei de ler reportagens sobre os trabalhadores brancos sem educação superior que se consideravam perdedores da globalização e, por isso, votariam em Trump.

Até a Folha, que tem menos antenas nos EUA do que a mídia local, como é óbvio, fez mais de um registro a respeito, em textos excelentes das três meninas poderosas que tinha nos EUA (Anna Virginia Balloussier, Isabel Fleck e Patrícia Campos Mello) e do correspondente Marcelo Ninio.
Outra crítica comum mas equivocada: a mídia não levou Trump a sério e, com isso, contribuiu para fazer propaganda de um bufão.

Falso. A mídia "mainstream" não só retratou bem o candidato republicano como foi ouvida por seu público: pesquisas de boca-de-urna indicam que 60% dos eleitores norte-americanos chegaram às urnas com uma visão desfavorável dele; que 63% concluíram que ele carece de temperamento para ser presidente; e que 60% o consideram desqualificado para ser presidente.

É razoável supor que os restantes 40% pouco mais ou menos não lêem os grandes jornais. Preferem as redes sociais, território livre da mistificação e da desinformação. Que culpa tem a mídia se entre 15% e 20% dos que têm opinião desfavorável de Trump votaram nele mesmo assim?

A culpa, nesse caso, é de Hillary Clinton, sobre a qual pesavam desconfianças em porcentagens parecidas, embora menos elevadas, sempre de acordo com pesquisas boca-de-urna.
Por fim, a mídia não pode ser culpada por não endossar a agenda de Trump. Fazê-lo equivaleria a jogar no lixo posições que jornais como o "Washington Post" e o "New York Times" defendem historicamente.

A maioria dos americanos, aliás, tampouco a endossou. Ele ganhou pelo esdrúxulo modelo de Colégio Eleitoral. É um presidente legítimo, mas é uma agenda levemente minoritária, insisto.


Por CLOVIS ROSSI, da FOLHA DE S. PAULO


sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Lideranças eleitas fazem reunião histórica em Taió

Novos eleitos fazem pacto para melhorar o entendimento político

Uma reunião na noite de terça-feira, 18/10 selou um pacto entre os grupos políticos, no município de Taió. De um lado o prefeito e o vice-prefeito eleito para a gestão 2017-2020, Almir Reni Guski (PSDB) e o vereador Horst Alexandre Purnhagen (PMDB), além dos vereadores, Klaus Dieter Diel e Aroldo Peixer Junior, o Peixinho do PMDB e Dudu Poffo e Jaci de Liz do PSDB. Do outro, os vereadores eleitos pela coligação Agora é a Vez de todos, Ademir Valle, o Biro e Tiago Maestri do PSD, Jair Alberto das Neves, o Jinho e Joel Macoppi do PP, o vereador Valdecir João da Cruz, o Capilé do PR foi representado pelo presidente do partido, Paulinho Uhlmann e José Gilmar Nasatto, qe foi candidato a vice-prefeito. A reunião aconteceu no escritório da empresa HGE, cujo proprietário é o presidente municipal do PP, Richard Heidrich. A iniciativa partiu do grupo dos cinco vereadores eleitos pelo PSD, PP e PR e teve como principal objetivo promover um entendimento e uma pauta coletiva entre os próximos eleitos.
 
A apresentação de uma carta de intenções ao futuro prefeito e vice do município de Taió pelos vereadores de oposição, motivou o encontro. O coordenador político das bancadas do PSD, PP e PR, José Gilmar Nasatto, ao abrir a reunião, destacou a importância da iniciativa e o gesto dos eleitos em aceitar o convite. “Além do caráter histórico do gesto dos vereadores de oposição, pela iniciativa em promover o encontro, a ideia para os próximos quatro anos, já tendo o acordo para o rodízio dos presidentes da Câmara, é fazer uma gestão moderna, eficaz e transparente, primando, sobretudo, pela economia. É fazer uma oposição firme, ética e fiscalizadora, trabalhando para o desenvolvimento de Taió e o bem- estar de seus cidadãos”.

O presidente do PR, Paulinho Uhlmann disse que a intenção é manter uma harmonia entre os nove vereadores e encontrar a melhor forma de contribuir com o município. “A gente tem a proposta de fazer economia na Câmara com uma gestão transparente, eficiente e queremos que o grupo que vai administrar o município, reconheça o empenho e valorize os vereadores por isso. Fiquei muito feliz com o time de vereadores eleitos, todo mundo se conhece, e podemos manter essa boa harmonia por muito tempo”, completou Paulinho.   

Horst Alexandre Purnhagen disse que a administração pretende ouvir de forma igualitária os vereadores. “Penso que precisamos se reunir com frequência, com todos os vereadores, de oposição e situação. Atender de forma igualitária para evitar desentendimentos e brigas desnecessárias”. O futuro vice-prefeito avaliou que será difícil administrar a cidade, pela queda na arrecadação e o comprometimento financeiro da prefeitura. Por isso, destacou que será imprescindível a transparência e uma melhora no atendimento da população. “Toda pessoa deve ter acesso às informações dos gastos e investimentos do município. Não temos vontade de esconder nada de ninguém. Também não vamos conseguir resolver todos os problemas, mas precisamos dos vereadores para melhorar o que for preciso, o município de Taió merece isso”, disse Alexandre.

O prefeito eleito, Almir Guski, demostrou que tem interesse de fazer uma gestão em sintonia com a Câmara, pois as mudanças necessárias precisam do apoio dos parlamentares e classificou que seu governo será “vereadorista”. “Estamos vivendo um novo tempo. Todos vocês fizeram promessas durante a campanha, e não estão só na mente das pessoas, estão no plano de governo, nos celulares. Nós prometemos nos auxiliar e fazer as coisas com transparência, não tenho ambição política, não serei deputado e vou querer ser um bom prefeito.”

Guski disse que não terá problemas em ser fiscalizado e que é preciso fazer um pacto pela cidade, elogiou a ideia de continuar fazendo economia da Câmara para que esses recursos sejam investidos no município. Ele citou a trabalho feito em 2015 e 2016. “Vocês são prova de que é possível, fizeram sobrar, então dá para fazer e melhorar. Eu gostaria que o legislativo fizesse a sua parte e também participasse da decisão de onde serão investidos esses recursos”. Almir também pontuou algumas prioridades, como a reformulação da lei do calçamento, melhorias no atendimento na área da saúde e sugeriu que os atuais vereadores acompanhem a votação do orçamento na Câmara de Vereadores. “Vou exigir trabalho e honestidade ao extremo, todos me conhecem e eu não tenho dúvidas que esse grupo vai mudar a história política do município de Taió”, completou.

Outra questão de consenso entre os dois grupos, será analisar os projetos de lei e propostas enviadas à Câmara com antecedência para que todas as dúvidas sejam sanadas antes de irem para votação. Os vereadores eleitos também estão empenhados em fazer pedidos para as emendas aos deputados federais e estaduais, para que investimentos e obras possam ser incluídos no orçamento para os próximos anos. Outra ideia compartilhada é a aquisição de uma ambulância para atendimento do Pronto Atendimento Municipal, que poderá ser licitada no inicio de 2017. Nas próximas semanas, os vereadores eleitos farão nova reunião para tratar sobre a transição e melhorias que poderão ser implementadas na Câmara.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Encontro vai reunir grupos opositores em Taió



Todos os cinco partidos políticos constituídos no município estarão representados

Uma reunião prevista para a noite desta terça-feira, 18/10, deverá selar um pacto para o entendimento politico nos próximos anos, entre grupos opositores no município de Taió. De um lado o prefeito eleito, Almir Reni Guski (PSDB) e o vereador Horst Alexandre Purnhagen (PMDB), vice-prefeito eleito para a gestão 2017-2020. Do outro, os cinco vereadores eleitos pela coligação Agora é a Vez de todos, Ademir Valle, o Biro e Tiago Maestri do PSD, Jair Alberto das Neves, o Jinho e Joel Macoppi do PP e Valdecir João da Cruz, o Capilé do PR.

A iniciativa partiu do grupo de vereadores eleitos, que será maioria na Câmara nos próximos quatro anos, e terá como objetivo, apresentar uma carta de intenções ao futuro prefeito e vice do município de Taió. Além disso, os parlamentares querem ouvir dos próximos gestores, de que forma a futura administração pretende trabalhar com a Câmara. “Essa aproximação do legislativo com o executivo é essencial para construirmos uma cidade melhor, e o maior beneficiado será a população”, analisa o vereador eleito Tiago Maestri.

Os novos vereadores já adiantaram que pretendem mudar a forma de atuação na Câmara e fazer uma oposição responsável, fiscalizadora e harmoniosa. “Acredito que essas reuniões são importantes, estamos nos esforçando para mostrar que temos interesse em fazer o melhor, com inteligência e comprometimento”, avaliou o vereador Jinho.  O encontro também pretende facilitar o entendimento com os demais vereadores eleitos e fomentar uma pauta propositiva para os próximos anos.

sábado, 8 de outubro de 2016

Vereadores selam acordo para presidência da Câmara de Taió até 2020


Grupo quer fazer uma gestão austera e responsável

Uma reunião na manhã deste sábado, 08/10, entre os cinco vereadores eleitos da coligação Agora é a Vez de Todos, sacramentou um acordo para comandar o Poder Legislativo do Município de Taió, na próxima legislatura. Valdecir João da Cruz, o Capilé (PR), Tiago Maestri (PSD), Jair Alberto das Neves (PP), Joel Sandro Macoppi (PP) e Ademir Valle o Biro do (PSD) decidiram fazer um revezamento na presidência da Câmara para os próximos quatro anos. 

Juntos, PSD, PP e PR fizeram 5.315 votos para vereador, elegendo cinco, dos seis, que obtiveram mais votos ao parlamento municipal. Mas isso só foi possível pela ampla coligação com 17 candidatos dos três partidos, todos os suplentes também deverão assumir a vaga na Câmara.

Para o vereador eleito Ademir Valle, o Biro do PSD, a decisão e a união do grupo, mostra fortalecimento para se construir uma oposição responsável. “Acredito que vamos fazer um bom trabalho, vou lutar para que todos os vereadores cumpram com suas obrigações, como estar nas reuniões no horário certo e não se ausentar no horário da sessão. Precisamos dar o exemplo e respeitar o povo que nos escolheu”. Biro salientou que a intenção dos novos vereadores, será dar governabilidade à gestão de Almir Guski, desde que este cumpra com as propostas apresentadas durante a campanha.

Para Capilé, o vereador mais votado, o importante é manter os partidos unidos. “Qualquer um poderia exigir a presidência, mas o momento não é de disputa, e sim, de reconhecer a importância de cada um, sozinho, ninguém conseguiria se eleger”. Os cinco vereadores eleitos também mantiveram o compromisso de fazer bom uso dos recursos destinados ao Poder Legislativo, baseado na economia, na transparência e no corte de gastos.

Na reunião, que contou com representes dos três partidos, também ficou definido a ordem dos presidentes, que ficou assim: Macoppi, Tiago Maestri, Jinho, Biro e Capilé. A eleição para a nova Mesa Diretora acontece no dia primeiro de janeiro de 2017, logo após a posse dos eleitos, para o mandato de dois anos. 

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