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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O POVO ROTULADO

É intrigante notar o apego aos rótulos e etiquetas: times, partidos, religiões....são condutas que dividem, que distanciam as pessoas. A saúde pública está uma 'naba' e a cada dia que passa parece ficar pior: em Taió, há décadas, se fazia vários tipos de cirurgias de baixa e média complexidade; as crianças nasciam aqui pelo SUS, o RX funcionava e tudo era feito com bem menos recursos que hoje.

Se antes, com menos dinheiro, com praticamente o mesmo número de habitantes, se fazia mais, como é a gestão financeira nos dias de hoje? Mas, cada vez que alguém sente-se prejudicado em seus direitos e ousar a reclamar, logo é recriminado pelos 'rotulistas' de plantão_ até parece que estes vivem de 'favores do rei', no velho estilo 'beija-mão'.

Não deviam todos, independentes de cor, raça, ideologia política, crenças religiosas, lutar pela melhora do serviço público que consome quase tudo o que se produz em impostos? São mentalidades formadas em crenças limitantes, 'tribais', onde cada um defende o 'seu lado' na mais completa demonstração de egoísmo.

Será que uma pessoa, cujo familiar morreu por uma simples apendicite, porque não recebeu atendimento adequado, não pode ao menos exercer seu direito sagrado de reclamar, sem ser taxado de 'oposicionista'? E os 'manés' que logo afirmam: "É fácil falar, queria ver é fazer". Se não me engano, quem tem de fazer é quem foi eleito e é pago com dinheiro público para fazer.

Alguém me diz: "Ah! Eu posso reclamar, porque eu votei em fulano para prefeito" e eu respondo: Ué, carapálida.! Aqueles que não votaram em determinada autoridade, mesmo pagando impostos, não podem reclamar? Seria, então, o caso de se prestar serviços públicos somente a quem provar que votou naquele que foi eleito? Não se trata apenas de reclamar do partido A ou B, de fulano ou de beltrano, trata-se de exercer o direito de cidadania, que deveria ir muito além dos 'rótulos'.

Por José Gilmar Nasatto

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