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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

E se a enchente fosse agora?


Há exatos dois anos, a população do Vale do Itajaí vivia o drama das cheias que castigaram e trouxeram inúmeros prejuízos. Em Taió, um dos munícipios mais atingidos, a população sofreu com o despreparo dos órgãos públicos. Os moradores foram pegos de surpresa pela falta e ineficiência de informação. Alguns moradores viveram momentos dramáticos com o boato de que a Barragem Oeste estaria estourando. De lá para cá quase nada mudou, não há cadastro de canoeiros, nem caminhões de transporte ou de voluntários para auxiliarem a Defesa Civil. Pior, até agora as autoridades nem sabem a altura que água do rio chegou, nenhum morador sabe a “cota” de enchente que deveria vir impressa no carnê do IPTU.

O que realmente mudou de forma descontrolado foi o número de aterros. Foi a alternativa encontrada pelos moradores para “fugir” das cheias, já que não existe lei que regulamenta aterro ou escavações. A lei que cria a Coordenadoria Municipal de proteção e Defesa Civil (Conpdec), do município de Taió levou um ano para ser colocada em prática. (aprovada em agosto de 2012), mas até agora não foram definidos os integrantes do Conpdec, nem o plano de contingência do município, nem o regimento Interno. O Conpdec deve ser divido em seis setores: Coordenação; Grupo de Ações Coordenadas – GRAC; Conselho; Secretaria; Setor Técnico e Setor Operativo.

É o Conpdec que tem a tarefa de declarar situação de emergência e estado de calamidade pública, além de promover a fiscalização das áreas de risco de desastre e vedar novas ocupações nessas áreas;  vistoriar edificações e áreas de risco e promover, quando for o caso, a intervenção preventiva e a evacuação da população das áreas de alto risco ou das edificações vulneráveis; organizar e administrar abrigos provisórios para assistência à população em situação de desastre, em condições adequadas de higiene e segurança;
Manter a população informada sobre áreas de risco e ocorrência de eventos extremos, bem como sobre protocolos de prevenção e alerta e sobre as ações emergenciais em circunstâncias de desastres; também é tarefa do Conpdec. O Conselho também ficará responsável por prover solução de moradia temporária às famílias atingidas por desastres e supervisionar e fiscalizar os recursos empregados pelo Fundo Municipal de Proteção e Defesa Civil (FUMPDEC). O Coordenador da Defesa Civil do município, Marcio Farias a estrutura deverá ficar pronta até o final do ano.

Farias justificou que a burocracia é o maior entrave par a aplicação dos programas estabelecidos pela Defesa Civil Estadual e Nacional.  “Ainda faltam alguns dados que a gente não tem e vamos ter que discutir com a comunidade”, falou ele sobre o Plano de Contingência.


“No próximo dia 11 haverá um treinamento para a instalação e controle dos pluviômetros que serão instalados”. Os pluviômetros automáticos s serão instalados em pontos estratégicos e os dados vão integrar o sistema de monitoramento do radar meteorológico. Sobre as cotas de enchente, ele disse que estão sendo feitas pela mesma empresa que fará o recadastramento imobiliário do município. Por fim, disse que o fato de haver só uma pessoa no setor também dificulta o trabalho.

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