Apesar de o Governo sustentar que não haverá rejuste do
preço da gasolina, a expectativa dos empresários do setor é que o anúncio deve
acontecer nas próximas semanas. Isso porque, o secretário de Acompanhamento
Econômico do Ministério da Fazenda, Antônio Henrique Silveira, afirmou que a defasagem no preço da gasolina no Brasil em relação ao internacional é de
cerca de 7%. Ele acredita que um reajuste no preço do combustível no mesmo
percentual pode ocorrer, só falta o governo decidir quando será este aumento.
O vice-presidente do Sindicato
dos Revendedores de Combustíveis de Blumenau e Região, Douglas Werner Heckmann,
confirmou que havia a expectativa que esse aumento poderia ter sido anunciado
em 2012. “Acreditávamos que já deveria ter acontecido, havia a possibilidade de
ser no final do ano passado, ou na vidada do ano. Agora voltaram a surgir
boatos de que o aumento ocorra até a semana que vem”.
Heckmann, que é proprietário dos
Postos Brasília em Rio do Sul, acredita que o aumento será de 7% na gasolina e
5% no óleo diesel. Mas ainda não há nenhuma informação oficial por enquanto.
Ele explica que os proprietários de postos serão forçados a repassar o
percentual, já que o aumento de preços é na fonte. “A elevação é atribuída á
defasagem que a Petrobras diz ter, por conta de importações e custos mais altos
no mercado internacional”, afirma o comerciante.Douglas relata que o aumento não
deve prejudicar o comércio de combustível. “Lógico que uma vez anunciado, nos
dias que antecedem o movimento nos posto aumenta um pouco, e nos dias
posteriores o movimento diminui um pouco. Mas depois retorna ao normal”. Ele
acredita que ninguém vai deixar de andar de carro por esse pequeno aumento.
Diferente de épocas anteriores, onde o aumento maior causava um grande impacto
nas vendas.
Ele também concorda que o preço
está defasado há alguns anos. Nesse período o próprio governo retirou alguns
impostos para não repassar o aumento para os consumidores. “Foram algumas
manobras fiscais que não tiveram impacto no preço ao consumidor, mas agora o
Governo vê que não tem mais o que fazer”, relatou Douglas.A Petrobrás vem acumulando
prejuízos desde o ano passado, porque absorve a diferença entre o custo da
gasolina importada e o valor cobrado no mercado interno. A estatal aguarda
autorização do governo federal para reajustar o valor que vem sendo evitado
para não impactar na inflação.
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