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sexta-feira, 13 de julho de 2012

MPSC exige que prefeitura de Taió exonere 28 cargos

A segunda tentativa da Prefeitura do Município de Taió, de cumprir um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público de Santa Catarina está trazendo muita dor de cabeça para o prefeito Ademar Dalfovo (PMDB). Trata-se da Lei que determinou a contratação de funcionários comissionados pela prefeitura, e que está sendo questionada pelo Ministério Público de Santa Catarina. Na primeira tentativa, os vereadores aprovaram por sete votos a dois, um projeto elaborado por assessores da prefeitura que regulamentava os cargos em comissão. Mas quando retornou ao Poder Executivo para sanção, o prefeito vetou.
Em maio, quando o projeto retornou a Câmara os vereadores mantiveram o veto. No dia 04/07, os vereadores foram convocados para uma sessão extraordinária que inicialmente iria apreciar 10 projetos e o PLC 10/2012 que dispõe sobre a nova organização administrativa dos cargos de provimento em comissão e funções gratificadas. O projeto seguiu o rito normal. Vereadores de situação queriam colocar o projeto na pauta de votação em regime extraordinário, mas não conseguiram acordo. Os vereadores de oposição argumentaram que o projeto chegou muito tarde à Câmara, e é muito complexo, já que trata de toda a estrutura administrativa da prefeitura. Mas o projeto de lei foi retirado da pauta de votação a pedido da própria administração na segunda-feira, 08/07. O motivo foi uma audiência entre o prefeito Ademar Dalfovo, seus assessores e o promotor Daniel Granzotto Nunes, na quinta-feira, dia 05/07.

Na reunião, o Ministério Público cobrou explicações sobre o não cumprimento do TAC. No despacho do promotor, foi comprovado que o município extrapolou o prazo para exonerar os cargos. O promotor alertou o prefeito que não toleraria outra prolongação de prazo e que os cargos deveriam ser exonerados em 18 de março. Ele também considerou a lei enviada à Câmara uma burla ao TAC. O promotor também considerou que a administração teve tempo suficiente para se adequar as exigências do TAC.
A demora na aplicação do TAC foi motivada por contradições entre os próprios assessores da prefeitura, que divergiram sobre o modelo de lei e os procedimentos para elaborar o projeto e cumprir o ajustamento de conduta. “Apesar de estar sendo discutida pelo Ministério Público, essa lei gera os efeitos para manter esses contratados.

O Termo de Ajustamento de Conduta que o Ministério Público fez com a Prefeitura, diz que o município precisa extinguir essa lei, demitir os 28 contratados e criar uma nova lei”, explicou o Assessor Jurídico da Câmara, Fabio Ricardo Lunelli. Como a PLC 10/2012 não for aprovada, continua valendo a lei anterior. Para o presidente da Câmara Volnei Sandri, o Poder Executivo só queria ganhar tempo e poder contratar quase 50 comissionados em período eleitoral. “Além disso, a prefeitura tem conhecimento do TAC, desde o final do ano passado, teria tempo o suficiente para resolver a situação e não deixar para véspera das eleições. O processo não pode sofrer atropelamentos”, disse o presidente. O problema é que o prefeito só poderia movimentar cargos em comissão até o dia seis de julho e exonerou os 28 cargos.

Entenda como foi feito o TAC

Em janeiro deste ano, o Ministério Público (MP) pediu a exoneração de 39 servidores que ocupam funções de confiança nas prefeituras de Taió e Mirim Doce. A promotora Kariny Zanette Vitoria, argumentou na época que não há lei que fixe atribuições aos 28 cargos na prefeitura de Taió e nos 11 cargos na prefeitura de Mirim Doce. A promotora considerou o artigo 21 da Constituição do Estado de Santa Catarina, que diz que as funções de confiança devem ser exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargos efetivos.

Nos cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se, apenas, às atribuições de direção, chefia e assessoramento. Para dar tempo aos municípios á se enquadrarem á lei, foi assinado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) entre o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), e as duas prefeituras. A promotora se baseou em decisão do Tribunal de Justiça Catarinense. “A burla à regra do sistema constitucional do concurso público, com criação de cargos públicos comissionados, cujas características não revelam natureza de assessoramento, chefia e direção, implica em ato de improbidade administrativa e impõe aplicação das sanções específicas”. Por isso a promotoria pediu a exoneração de todos os agentes comissionados admitidos junto à qualquer cargo de Chefia.

Nos cargos da prefeitura de Taió, dois chamam a atenção, o de diretor do departamento de controle de frota e o cargo de chefe de divisão de controle de frota, neste departamento não há outros servidores. Já na secretaria de agricultura, dos 11 servidores lotados, a metade é chefe ou diretor. A prefeitura alegou que alguns cargos estavam vagos e não haveria motivo de exoneração. A prefeitura se comprometeu em enviar o projeto em 60 dias para enviar a câmara de vereadores. Na época a prefeitura também alegou que não teria condições de fazer concurso público para efetivar os servidores comissionados, como propôs o Ministério Público.

A promotoria deu prazo de 150 dias, para as duas prefeituras fazerem a readequação e suprir eventuais ausências decorrentes das exonerações das contratações ilegais. Em 90 dias os municípios se comprometeram em enviar um projeto de lei á câmara de vereadores, com a alteração de cargos especificando as funções gratificadas existentes, distinguindo-as dos cargos em comissão.

No prazo de 60 dias úteis, todos os agentes lotados como chefes de serviço devem ser exonerados, e os municípios não poderão nomear ninguém em seus lugares. Todos os atos de exoneração também devem ser encaminhados ao MP. O não-cumprimento do TAC implicaria na responsabilidade pessoal do prefeito municipal de cada cidade, no valor de R$ 1.000,00, para cada dia de atraso, por contrato firmado ou mantido, além da execução judicial das obrigações.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

No tapetão, PMDB retoma comando da SDR de Taió

Disputa na Regional de Taió

No mesmo dia que assumiu o cargo de Secretário de Desenvolvimento Regional de Taió, Moacir Oenning, o Moa já sabia que poderia ser substituído, caso o PSD, partido que preside não coligasse com o PMDB para as eleições municipais de 2012. A confirmação veio na quarta-feira, (04/07) com a nomeação de Milton Kuhnen, (também conhecido como Tafa ou Miltão) do PMDB de Salete.
 Moa foi nomeado no inicio de junho, substituindo Hugo Lembeck que se licenciou do cargo para ser candidato a prefeito de Taió pelo PMDB. Moacir Oenning, volta ocupar o cargo de diretor-geral. Kuhnen ocupa pela segunda vez um cargo na SDR, esteve à frente da Direção Geral pelo período de quatro anos (2007 a 2010). Ele também já foi vereador em Salete e exerceu vários cargos no Governo do Estado e na Assembleia Legislativa. Atualmente ocupava um cargo na Ouvidoria estadual.

A troca de comando foi uma exigência do PMDB, que na divisão das regionais, ficou com a SDR de Taió. Já nos bastidores, o fato ganhou grande repercussão e deve afastar ainda mais o PSD e o PMDB. Dos seis municípios da região, seis são administrados pelo PMDB (Taió, Pouso Redondo, Mirim Doce e Santa Terezinha) e dois pelo PSD (Salete e Rio do Campo). Nas eleições de outubro, os dois partidos estarão em lados opostos em todos os seis municípios.

“Minha vontade era de permanecer no cargo, mas sou um cumpridor dos acordos, e o PMDB faz parte do governo de Raimundo Colombo, não posso comprometer a governabilidade”. Concluiu Moa. Miltão, já era cotado dentro do PMDB para assumir a SDR de Taió, e o partido não perdeu tempo e exigiu que o governador substituísse Oenning. “Fui nomeado pelo governador por já ter exercido função na SDR Taió”, destacou o secretário. De acordo com Kuhnen, esta nova etapa será exercida com comprometimento e responsabilidade, dando continuidade aos trabalhos que estão sendo desenvolvidos nos seis municípios de abrangência da SDR.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Foi dada a largada par as eleições municipais

Dos 28 municípios do Alto Vale do Itajaí, só em Ibirama, José Boiteux e Santa Terezinha terão três candidatos a prefeitos no pleito de outubro. Nos outros 25 municípios, os candidatos já foram definidos pelas convenções de cada partido, agora aguardam a homologação do Tribunal Regional Eleitoral. Das 14 candidaturas de chapa pura, três estão na região de Taió, Santa Terezinha, Pouso Redondo e Mirim Doce. Todas do PMDB. O partido lançou ao todo, 22 candidatos a prefeito e nove, a vice-prefeitos. O PP, que hoje administra só duas prefeituras, tenta recuperar o espaço perdido, ao lançar 10 candidatos a prefeito e 11 a vice prefeito. O recém criado PSD surpreendeu e empata com o PSDB, com oito candidatos a prefeito. Mas o PSD tem 13 vice-prefeitos contra nove dos tucanos. O PT aparece na quarta posição e lançou sete candidatos a prefeito e 1º a vice-prefeito. Os nanicos DEM e PDT lançam dois candidatos a prefeito. O PDT mantém ainda dois vices. PPS e DEM apenas um. ] Em Taió, dois blocos se formaram para disputar a prefeitura do município. De um lado, PP, PSD, PT, PR, PDT, PSC e DEM, lançaram o ex-vereador José Gilmar Nasatto (PP) prefeito e o médico Celumar Estrelow (PSD) de Vice. O PMDB conseguiu a adesão do PSDB e lançou o ex-Secretário Regional Hugo Lembeck (PMDB) para prefeito e o vereador Aristides Eloi Valentini (PSDB) de vice. Mais de 60 candidatos a vereadores disputam as nove cadeiras na Câmara Municipal.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

PMDB se distancia do PSD

A menos de um mês para os partidos decidirem os candidatos as eleições municipais de outubro, o mapa das coligações começa a se desenhar. O resultado da eleição municipal refletira no pleito de 2014, por isso, os partidos que compõe o governo estadual, devem estar em lados opostos já no ano que vem. Isso porque o PMDB deverá lançar candidato do partido para disputar contra Raimundo Colombo, do PSD.

 Apesar de não confirmar publicamente, Colombo não deve estar gostando do que herdou do Governo de Luiz Henrique da Silveira. Em um ano e meio de governo, enfrentou a maior greve de professores da história e crise na segurança pública e na secretaria de saúde. Encontrou o plano de saúde dos servidores estaduais vencidos e por força de lei, precisa criar uma estrutura estadual para Defensoria Pública. “Foi um começo bastante difícil e duro, passei um momento de angústia, mas hoje estamos mais seguro, começando a lançar obras e melhorar o serviço público”.

Nesse período, o governador também articulou a criação de um novo partido político, com representantes do DEM. O PSD agregou dissidentes de vários partidos políticos e recebeu o apoio do PP, que ampliou a base do governo na assembleia legislativa. Adversário histórico do PP, militantes do PMDB, não digeriram essa aproximação de Colombo com os progressistas.

Nos bastidores, há a hipótese de o PMDB ser trocado pelo PP no governo do estado, mas isso só será decidido depois do resultado das eleições municipais. O governador disse que não quer misturar as coisas, e que não pode governar para um partido só. “Eu fui eleito por uma coligação de diversos partidos, mas no município, nem sempre a coligação se repete, pelo contrario, as vezes ela se contrapõe”, disse Colombo.

O PMDB, maior partido de Santa Catarina, e há 10 anos no comando do estado planeja crescer ainda mais. O presidente do PMDB de Santa Catarina e vice-governador, Eduardo Pinho Moreira, falou dessa expectativa ao OBV. “Eu tenho percorrido toda Santa Catarina e fazemos um diagnostico eleitoral. Acredito que o PMDB vai crescer, vamos reconquistar prefeituras importantes que já foram do PMDB”. Pinho Moreira disse que está muito otimista com o resultado eleitoral do PMDB para estas eleições. “As lideranças estão motivadas, há uma grande mobilização, há um planejamento e uma vontade. Acho que são passos importantes”.

Ele citou o exemplo de Taió, “Hugo Lembeck se credenciou e tem condições de ser o pré-candidato. Pinho também orientou os correligionários de que não há nenhum acordo para preservar a tríplice aliança nas eleições municipais. Por isso PMDB e PSD, ou PSDB estarão em lados opostos em grande parte das cidades catarinenses, e quase certo que estarão em todos os seis municípios que compõe a SDR de Taió. “Onde poderemos estar juntos é bom, mas não é o caso da maioria das maiores cidades do Estado”.

Pinho Moreira citou o caso de Joinville, a maior cidade de Santa Catarina PMDB e PSD estarão em lados opostos, assim como em Florianópolis a segunda maior cidade. Assim poderá ser em Blumenau, a terceira maior cidade, na quarta, São José e na quinta maior cidade, Criciúma PSD e PMDB serão oponentes nas eleições municipais deste ano. “É o caso de Rio do Sul, na maior cidade do Alto Vale do Itajaí o PMDB estará em lado oposto ao PSD”.

 O vice-governador disse que o que precisa ser preservado é a maturidade política, ´”a disputa local é diferente da disputa estadual, já fomos adversários em outras ocasiões, mas estivemos juntos em 2010. Acho que nesse momento deve se prevalecer às políticas locais, é por isso que vamos respeitar as decisões de cada diretório municipal”, finalizou Moreira.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Peninha 2014?

O deputado federal Rogério Peninha Mendonça (PMDB), foi lembrado pela de Deputada estadual Dirce Heiderscheidt como um possível candidato do PMDB ao governo de SC. Dirce, rasgou elogios ao deputado em seu reduto eleitoral, o Alto Vale do Itajaí. Recebeu apoio e aplausos dos quatro prefeitos do PMDB presentes no encontro.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Amin e Colombo se encontram na Casa d'Agronômica

Amin e Colombo se encontram na Casa d'Agronômica

Moradores reivindicam acostamento

Moradores do Bairro Victor Konder, em Taió estão preocupados com o estado do trecho da rodovia SC 422 que atravessa o bairro. Sem calçadas e sem acostamentos, os pedestres, ciclistas e motoristas precisam dividir o mesmo espaço. “É muito complicado e perigoso, eu passo todos os dias pela rua, preciso levar meu filho na creche que também fica na mesma rua”, relatou Tânia Mara Capistrano. A moradora que circula de bicicleta e às vezes de automóvel, reclama que na hora do movimento qualquer desatenção pode ocasionar um acidente. Em um dos trechos da rua, um bueiro em estado precário está danificando a camada asfaltica. e esta desmoronando a pista. “Daqui a pouco pode cair até um caminhão carregado, em baixo da pista está oco por causa do bueiro”, contou Marino Anderle, 60 anos. Ele relatou que os acidentes só não são mais frequentes por sorte. “Eu faço caminhadas todos os dias pela rua, mas é difícil caminhar sem segurança”, disse Anderle.
Os moradores estão providenciando um abaixo assinado para chamara a atenção das autoridades e reivindicar melhorias. “É difícil para todo mundo, par ao pedestre, para o ciclista e para os motoristas, é preciso que as autoridades façam alguma coisa antes que aconteça alguma tragédia”, argumentou o policial militar Moreira, que reside no bairro. O diretor do departamento municipal de trânsito, Pedro Pereira, disse que não há nenhuma obra prevista para par ao local e nem tem previsão. Alcides Ronchi do departamento de planejamento da prefeitura um projeto para reurbanização do trecho foi apresento pela prefeitura em 2008, porém as verbas federais foram canceladas. “Agora o município aguarda uma posição do governo do estado, que foi quem construiu a rodovia”, disse. O gerente de administração e finanças da SDR de Taió, Lothar Liebsch, disse que não há obras de melhorias naquele trecho da rodovia. No perímetro urbano de Taió, a rodovia recebeu o nome de Rua Victor Konder.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

População está temerosa

O projeto apresentado pelo governo do estado não convenceu o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Taió, Sidnei Engels. “A forma de como foi apresentado pareceu meio milagroso. Parece que com todas essas ações nunca mais vamos ter enchentes, mas contra a força da natureza não podemos ter esta certeza”. Para Engels, o governo precisa convencer a população que a obra será segura, e bem feita. “Ninguém é a favor de enchente, mas falta provar para a população de Taió esta questão da segurança. Deve ser bem explicado, para provar que a população não sofrerá danos.” Ele lembrou que a contenção de águas da barragem de Taió serve para toda a população do vale do Itajaí. “Não somos técnicos, mas se você conversar com pessoas nas ruas, a maioria é contra esse projeto, eles tem medo”, relatou o lojista. Engels lembrou também que em épocas de cheias, é comum circular boatos pela cidade sobre o rompimento da Barragem Oeste. “A população pensa, quanto mais água mais riscos, então a gente percebe que as pessoas têm medo. Os engenheiros precisam provar que é uma coisa segura”, finalizou. Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Taió, Celso Bagatoli, falta informação para tranquilizar a população. “A gente sabe que vão aumentar as barragens, mas ninguém nos apresentou um projeto de viabilidade”. Para ele uma explicação detalhada acalmaria as pessoas. “A maioria da população acha que não vai resolver, assim eles já pensam que a barragem vai se romper imagina aumentado mais dois metros?”,disse Bagatoli. Para o policial militar Tomé Luiz Poffo, o governo poderia ter priorizado outra solução, como o desassoreamento da área alagada. “Acredito que na bacia existam mais de um metro de lodo, cada vez que enche a barragem, mas terra fica retida”. Poffo também argumentou que a calha do rio está soterrada. “Qualquer chuvinha, o rio já transborda, no passado demorava subir”, argumentou. Para a servidora pública Terezinha Mathes, a obra elevação deve ser cancelada. “Não podemos deixar isso acontecer, porque assim já é perigoso, imagina com mais dois metros de altura, isso não está certo.”, relatou. Para Jodir da Silva, que é o operador da Barragem Oeste em Taió, a população não precisa ficar temerosa. “A nossa barragem é a mais segura, foi construída com 100 % de cimento, diferente das outras que foram feitas de barro e pedra”.