Páginas

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Lei quer incluir história Africana


Entre os projetos apresentados pelo Deputado Aldo Schneider (PMDB) também está o que dispõe sobre o estudo negro na formação socioeconômica e cultural brasileira e do Estado de Santa Catarina. Apresentado na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), o projeto prevê que o currículo escolar da Rede Estadual de Ensino e supletivo, referente ao estudo negro e história africana, passe a embasar a Lei. Os estudos seriam aplicados nas disciplinas de História, Geografia, Filosofia, Sociologia ou Educação Artística, cumulativa ou isoladamente.

A definição dos conteúdos programáticos será formatada pela Secretaria Estadual de Educação, com a participação das entidades representativas dos profissionais de educação da Rede e das entidades do Movimento Negro com experiência no tema. Pela proposta seriam abordados aspectos como história da captura e tráfico escravista, da condição do cativeiro, das rebeliões e quilombos e da abolição. Se tornaria obrigatório o ensino sobre condição social do negro até hoje, bem como sua produção e movimentos organizados no decorrer da história brasileira. Como forma de auxílio, o projeto de Lei diz que o Poder Executivo incentivará o desenvolvimento de debates e seminários com o corpo docente e discente, além da participação dos servidores das escolas estaduais, a fim de qualificar o professor e a comunidade para a prática em sala de aula.

A previsão é que o executivo regulamente a Lei no prazo de 90 dias da data da publicação. Ao apresentar o projeto, o Deputado Aldo Schneider justificou a importância. Segundo ele, os alunos poderão relacionar e identificar os diferentes corpos da história brasileira e a própria relação dos estudantes com a escola pode mudar. Além disso, levar a discussão sobre o passado e a cultura dos afro-descendentes é fundamental para perceber que não é só o vencedor que faz história; que todo o povo tem sua história e que é preciso conhecê-la para entender o presente, o passado e o futuro.

Nenhum comentário: