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domingo, 1 de maio de 2011

Colombo oficializa desembarque do DEM


Políticos desembarcam do DEM

Conforme a Folha do Alto Vale noticiou na edição do final de semana, o desmantelamento do partido Democratas no estado se confirmou. Na quinta-feira da semana passada, o prefeito de Rio do Sul, Milton Hobus adiantou a nossa reportagem a decisão da cúpula Demista de aderir ao novo partido. Por trás da criação do Partido Social Democrático (PSD) estão alguns fundadores do próprio DEM. No Brasil o PSD é liderado pelo prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, que está conseguindo engordar as fileiras do novo partido com deputados e lideranças descontentes em outras siglas. Em Santa Catarina, o governador Raimundo Colombo estava sendo cortejado pelo prefeito paulista desde o inicio do ano. Depois do anúncio da refundação do PSD, Colombo foi procurado por dirigentes do DEM para permanecer no partido, mas o governador deixou claro que se a fusão entre DEM e PSDB era sua condição para permanecer na legenda. Por outro lado, Colombo também viu uma oportunidade de o novo partido ganhar corpo, aglutinando parlamentares descontentes em outras siglas. A atual legislação eleitoral, não permite a troca de partido, a não ser que a mudança seja para um partido novo.

Por conta disso o PSD já deve nascer maior que oi próprio DEM. Todos os prefeitos, deputados estaduais, federais e vereadores demonstraram que vão aderir ao novo partido. Deputados do PSDB e PP devem aderir ao PSD. Secretários de estado que optarem sair do PSDB para aderir ao novo partido serão mantidos nos cargos, garantiu o governador em entrevista coletiva na tarde de ontem. “Nós queremos fazer um novo partido, onde a gente esteja perto da sociedade, das causas verdadeiras das pessoas. Isso é um grande desafio, mas vale a pena lutar”, esclarece. Hoje, o DEM possui três deputados federais e sete estaduais eleitos, além de 47 prefeitos e 53 vice-prefeitos. “Vamos consultar a todos e a tendência é eles migrarem conosco”, disse Colombo.

O governador explicou que o PSD não vai se alinhar ao Governo Federal, mantendo, sim, uma posição de contraponto. “Não seremos contra tudo e todos o tempo todo, mas não vamos defender projetos que não temos convicção. Vamos manter o nosso caminho natural de contraponto. Nenhum dos nossos integrantes defenderá o aumento do imposto, por exemplo”, afirmou Colombo. Colombo adianta que não conversou com ninguém da base de apoio ao Governo Federal, a não ser o presidente do PSB, Eduardo Campos. A conversa teve o objetivo de viabilizar uma aliança em Santa Catarina nas cidades que têm rádio e televisão. “Não temos a menor influência dentro do Governo Federal e não mantive contato com ninguém”, garante. Para oficializar o partido, o PSD tem de cumprir quatro etapas jurídicas. O primeiro passo é a coleta de, no mínimo, 500 mil assinaturas em nove Estados brasileiros. Em Santa Catarina, o procurador-geral do Estado, Nelson Serpa, vai liderar o processo.


Nota à sociedade catarinense

Nas últimas eleições, os catarinenses deram mostras que desejam um Estado que sirva às pessoas em primeiro lugar. A mesma lógica deve servir para o Brasil.
As ruas têm apontado, com insistência, a necessidade de uma nova postura de seus dirigentes. Um comportamento que traduza as mudanças positivas que aconteceram em nossa sociedade nos últimos 20 anos. Esse amadurecimento da sociedade brasileira pede, também, uma renovação nas atitudes dos partidos e demais instituições políticas.

O momento pelo qual o Democratas de Santa Catarina atravessa é bom e vitorioso. Poderíamos, facilmente, nos acomodar sobre essa auspiciosa situação. Mas, quando a sociedade nos mostra a necessidade de um novo caminho de forma tão clara, homem público nenhum pode ignorar esse chamamento.

Por isso, buscamos, de todas as formas possíveis, sensibilizar os mais relevantes personagens políticos nacionais para, juntos, encontrarmos novos caminhos para responder a esses anseios da população brasileira.

As dificuldades que encontramos nesse percurso, nos levaram a formar forte convicção da necessidade de se construir um novo partido político no Brasil. Por isso, iniciamos agora, a mais extensa e abrangente consulta às nossas bases para, juntos, edificarmos os pilares desse novo momento em direção ao Partido Social Democrático, o PSD.

O que nos une, a partir de hoje, é o desafio de construir um projeto em sintonia com a sociedade de Santa Catarina e do Brasil.

Raimundo Colombo

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